Entre todas as coisas, essa foi única e singular!
Estar grávida!
Sempre achei meio brega e clichê todo esse papo de que ser mãe era maravilhoso. Até pensava em um dia, quem sabe, talvez, numa dessas, ser mãe e de repente vem a vida, sem aviso prévio, e me dá na cara. Mas me dá muito na cara.
Um gravidez inesperada, de alguém inesperado.
Um situação que tinha tudo para dar errado, com uma carga explosiva de sentimentos duros e muito negativos.
E a vem a vida -essa linda- e coloca no meu caminho o respeito das pessoas por uma barrigona. O dar a vez na fila, o parar na faixa, o 'quer que eu carregue?', o olhar de solidariedade àquela que carrega um serzinho dentro de si. Um misto de carinho, com respeito, compaixão, amor, simpatia, felicidade, por alguém que você simplesmente cruzou os olhos na fila do mercado e nada mais. Tudo isso contido num sorriso curto e tímido, numa fração de segundos.
Ah vida... Quantos anjos passaram no meu caminho e abençoaram essa gravidez.
Quantas pessoas de perto e de longe torceram pela minha felicidade, para que tudo desse certo.
Quantas pessoas Deus colocou no meu caminho para me amparar e amenizar aqueles sentimentos negativos de carregar solitariamente o meu pequeninho dentro de mim?
E o bem que me fez receber uma dose diária de boas energias no yoga e no pilates do Jardim do Yoga, até o último dia da gravidez, sendo monitorada por pessoas doces, atenciosas, que acabaram me transformando numa espécie de 'mascote' (barrigudo) e que se transformaram numa espécie de 'família' (daquelas que adota o cachorrinho sem dono). Indescritível a energia desse lugar e dessas pessoas. Delicioso ter passado o vírus da gravidez pra minha professora de yoga!
E o bem que me fizeram as minhas amigas, com um apoio incondicional, de todas as formas possíveis pra que tudo corresse bem com a gravidez da Lilica e com a chegada do Gabriel. Chegando inclusive a perder a linha, descer do salto e levantar o rolo de macarrão, tudo em nome dessa mamãe distraída. Certo ou errado, a intenção foi das melhores e foi isso que contou.
E a mudança de comportamento que isso provocou nesta família. A mudança de conceitos, a aceitação do inaceitável, o aparato cinematográfico montado para o momento da revelação (não sem antes meditar, se purificar e se encher de coragem e atitude, hein, cunha?), o manter a calma a todo custo, tudo em nome de um barriga linda que não parava de crescer.
E o carinho, bom humor e paciência de quem zelou pela evolução do feto e que viabilizou a vinda ao mundo do meu bebê.
Como não acreditar numa explicação espiritual pra tudo isso?
Como não entender que as coisas não acontecem por acaso?
Como não dizer que foi tudo ótimo, quando eu fui tão bem cuidada e amparada?
Como evitar dar um nome de anjo ao serzinho que proporcionou tudo isso para mim e para todas essas pessoas?
Em meio ao caos eu fui a grávida mais feliz que já existiu!
É por isso que a minha gravidez tem que estar 'entre as coisas mais lindas que eu conheci'!!